segunda-feira, 17 de outubro de 2011

OS UROS, O POVO FLUTUANTE DO LAGO TITICACA




Turistas de todos os cantos da planeta chegam diariamente para conferir a singular paisagem do segundo maior lago da América do Sul, dividido hoje entre os territórios do Peru e da Bolívia. Puno, terra ancestral de quechuas, aimaras, uros, pacajes, puquinas e outras diversas culturas pré-hispânicas que habitaram os Andes, é a cidade do lado peruano que serve de ponto de partida dos roteiros que levam às ilhas e comunidades à beira do Titicaca.

O cenário é mesmo um convite a compartilhar a vida: uma imensidão azul que contrasta com o branco das nuvens e dos picos nevados bem ao fundo. A sensação é de navegar entre o limite do céu e da terra.

O arquipelago de Uros, apenas 20 minutos de Puno, não é exatamente o que costumamos chamar de terra firme. Considerado um caso único no mundo, centenas de famílias vivem nas 40 ilhas artificiais feitas de totora, uma planta aquática que nasce no lago. Desde 1.200 d.C., os Uros vêm utilizando a fibra natural para a fabricação das suas ilhas, casas, barcos e artesanatos. Dizem que uma ilha, mesmo com “boa manutenção”, não dura mais do que “oito anos”. Findo esse prazo, é abandonada e uma outra é construída em seu lugar. O mais curioso é que esses habitantes, descendentes diretos de uma das culturas mais antigas do continente, também se alimentam da tal planta.

Reza a história que os Uros construíram aquelas ilhas para escapar aos primórdios da civilização Inca.

Atualmente reduzidos à exposição turística, venda de pequenos artesanatos e exibição de um modo de vida primitivo mas muito engenhoso, os Uros resistem no tempo, mantendo suas vidas simples, sem o uso de enegia elétrica, mas onde é facil encontrar alguém da aldeia usando celular.

Estaremos em Puno nos dias 20, 21 e 22 de novembro. A visita ao Lago Titicaca está planejada para o dia 21/11.

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